Arte: Time Flies by Carlos Saramago |
Consciente
A última lágrima é chorada em silêncio.
O último suspiro é liberto na solidão.
A última palavra é pronunciada para ninguém.
O último sino toca no coração.
O último suspiro é liberto na solidão.
A última palavra é pronunciada para ninguém.
O último sino toca no coração.
Não há forma elegante
De partir depois de ter vivido.
Há apenas o abandono
Da vida e do caminho percorrido.
De partir depois de ter vivido.
Há apenas o abandono
Da vida e do caminho percorrido.
As mãos vazias ainda procuram
O aconchego que não virá.
No arco-íris que se avista
Sabe-se que o amanhã não se viverá.
O aconchego que não virá.
No arco-íris que se avista
Sabe-se que o amanhã não se viverá.
O deserto que fica no peito,
Pelo sopro das tempestades e das areias
Devastado, sem medida nem piedade,
Perde o sangue que lhe percorre as veias.
Pelo sopro das tempestades e das areias
Devastado, sem medida nem piedade,
Perde o sangue que lhe percorre as veias.
Do calor que alimentava o ser
Resta a condensação informe.
O frio avassalador percorre o corpo.
É para sempre que agora dorme.
Resta a condensação informe.
O frio avassalador percorre o corpo.
É para sempre que agora dorme.
Dulce Morais
Simplesmente envolvente, emocionante...
ResponderExcluirParabéns pelo belíssimo poema!
Muito obrigada, Cristiane!
ExcluirDulce Morais uma bela poesia descortinando a morte. Parabéns.
ResponderExcluirMuito obrigada, Josmar, pela sua leitura!
ExcluirDulce, poucas pessoas são sensíveis ao falar sobre esse tema . Pareceu-me versos nuvens.
ResponderExcluirDestaco os versos abaixo que muito falaram-me
"Há apenas o abandono
Da vida e do caminho percorrido.
Que nunca deixemos de focar no caminho da evolução interior.
Beijos.
Clau,
ExcluirAs nuvens fazem parte do céu, como a partida faz parte da vida...
Obrigada por estar aqui!
Beijinhos!